Oh vida pouca de fatos loucos
Que nos farta de seres outros.
Onde esta a razão de aqui estar?
Se cá não estamos pra machucar.
E temos que conviver no sangue
Dia a dia até o dia D da gangue.
Pinto minha cara e vou pra rua
Vou pra vida pra ver a menina nua
Que se oferece a mim por troco
E se faz de tão pouco
Pra eu ver que somos nada
E que já acabou o conto da fada
Cade o obvio por trás do espelho?
Que na verdade nos revela a mascara
Nos esconde o olho vermelho
Para vermos os vermes da chácara
Que temos que morar
Porque desamar o desarmado?
E esquecer ao menor gesto de amor
Por um fato ruim confirmado
E viver de ódio e tanto rancor?
Se o segredo dessa vida num emaranhado
Esta na face da sua mão, meu amor?
Queria poder enteder essas gente
Tantas idéias de felicidades
Que se quebram com facilidade
Qual vaso com semente
Que perdem a chance da fertilidade
Por causa de imposição penitente
Porque palhaço se maqueia com uma lagrima escorrendo?
Se o sorriso seria imagem que haveria de transbordar
E na rua se ele chega em seu vidro, ele vai se fechar?
E vejo o amor, o sorrido e a felicidade morrendo
Choro ao ver o desamor vencer
Decorrente da gana de ódio
Que empesteia corações a se vender
Ao sangue que escorre de nossos olhos
Vida louca, que me cegue essa cena
Que eu consiga crer que hão sereias
Que eu viva um enclausurado em uma arena
E que os desamados me olhem na areia
Como o palhaço que dá pena
Pois cre no amor e dele ceia...
Tiro a maquiagem, e a lágrima não sai...
Pois sou uma ilusão infantil
E assim quero viver
Que meu piano me perdoe se de vez em quando eu chorar.
(Bruno Cohen - 01.Novembro.2006)
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