sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Linda

Linda, eu queria saber o segredo da vida
Ter a chave que me leva pro seu coração
Ver em seus olhos, felicidade, paixão...

Linda, eu queria ter as palavras certas
Para acalentar seu peito que espera
Uma gotinha de amor, uma chuva de emoção

Linda, como eu queria ser o sol
Pra tocar em seu rosto com minhas mãos
Acariciar seu sorriso, e aquecer seu coração.

Linda, você é aquele sonho, que todo amor espera.
Aquele lindo dia, aquele belo jantar a luz de velas.
Que o vento jamais poderá apagar.

Linda, eu queria ser o céu que te protege
Aquela estrelinha perdida entre tantas no infinito
E te fazer o Sol que ilumina meus caminhos.

Linda, queria ter o dom de uma poesia
De oferecer cada palavra de amor em sua rima
E da sua vida poetizar cada instante que a vida nos brinda.

Linda, só queria poder fazer diferente
Mostrar que o mundo pode ser mais contente
E que o romantismo não é mera ilusão

Te levar realmente até a lua pra admirar o infinito
Te abraçar e ver como tão longe, tudo é mais bonito
Se lá longe estas ao meu lado pra poder te abraçar

Linda, só queria poder dizer com os olhos
Que cada segundo que vivemos não é em vão
Que a vida ainda pode oferecer muitas alegrias

E dizer em forma de poesia
Que amor não é fantasia
Que amor, você é linda.

(Bruno Cohen - 16/10/2010)

sábado, 24 de julho de 2010

078. As canções - 2010

No andar da poesia
Fecho o meu dicionário
Que estraga minha a proza
E desloca a fantasia

Na canção da liberdade
De quem expressa alegria
Cada palavra errada
Entrega algo que eu escondia

Música não é apenas letra e canção
É a paixão da entrega
A expressão de cada emoção
De quem escreve e cria

Esse verso é assim
Pra falar o que eu quero
Do que é importante pra mim
E da música que eu espero

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Não sei o que falar
Não sei o que fazer
Se o que quero dizer
Esta tão longe de mim

Cada palavra um segredo
Que procuro expressar
Pra você entender
O que eu quero cantar

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Liberdade em dizer
Sem me preocupar com o fim
Pois cada a canção que escrevo
É sequencia da anterior que ouviu

Na virtude do verso
Nas canções de amor
Nas letras de protesto
Nos meus toques de humor

Cantar é isso pra mim
É tocar o que sinto
E expressar o que eu penso
E estar feliz comigo mesmo

Pode até parecer egoista
Mas assim é que se vive
Pra estar bem com sigo
Pra estar bem com o próximo

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Não sei o que falar
Não sei o que fazer
Se o que quero dizer
Esta tão longe de mim

Cada palavra um segredo
Que procuro expressar
Pra você entender
O que eu quero cantar

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Música é isso
Unir a todos
Na poesia
E na canção e no canteiro

E ainda sou bem moço pra tanta tristeza
Deixemos de coisas, cuidemos da vida
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço, sem ter visto a vida

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, um pouco sozinho
São as águas de março fechando o verão
É promeça de vida em nosso coração

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Não sei o que falar
Não sei o que fazer
Se o que quero dizer
Esta tão longe de mim

Cada palavra um segredo
Que procuro expressar
Pra você entender
O que eu quero cantar

(Bruno Cohen - 24.Julho.2010)

sábado, 19 de junho de 2010

077. Que Caô - 2010

Que auê, caô
Que auê, caô
Caô, que auê
Ninguém consegue se entender

Caô, que auê
Caô, que auê
Que auê, caô
Mais nada vai me surpreender

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Um bando na contra-mão
Um outro a fazer rebelião
Quem vai poder pôr fim
Tudo foi feito assim, enfim

Um tiro na escuridão
Acerta a esposa do ladrão
Inocêntes pagam, é assim
Quem vai poder creer no fim

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Que auê, caô
Que auê, caô
Caô, que auê
Ninguém consegue se entender

Caô, que auê
Caô, que auê
Que auê, caô
Mais nada vai me surpreender

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O pobre anda sem sapato
Coitado pode pisar num caco
Quem cuida da situação?
É o mesmo que causou a confusão

Um velho que cai no afalto
E o menino come carne de gato
E toda essa podridão?
E tem dinheiro saindo pelo ladrão

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O trânsito, a fome, a pobreza, o abuso de riquesas
O desemprego, a favela, os sem terras e as guerras, a violência.
O problema não é esse ai.
O problema esta bem alí.

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Que auê, caô
Que auê, caô
Caô, que auê
Ninguém consegue se entender

Caô, que auê
Caô, que auê
Que auê, caô
Mais nada vai me surpreender

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Quem olha tudo isso ai?
Quem cuida do futuro do pais?
Quem olha a putrefação?
Esta rindo das pegadinhas do Faustão

Quem olha tudo isso?
Quem olha isso tudo?
É quem não assume o prejuizo
É quem não assume o prejuizo

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Que auê, caô
Que auê, caô
Caô, que auê
Ninguém consegue se entender

Caô, que auê
Caô, que auê
Que auê, caô
Mais nada vai me surpreender

(Bruno Cohen - 20.Junho.2010)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

076. Poesia do Tempo da Vida e do Silêncio - 19.Jun.2010

Como é duro falar de poema
Quando se fala de filosofia
A vida é um grande dilema
Uma grande poesia

Os versos escorrem pelos dedos
Pra rasurar toda a dor
Tirar todo esse gosto azedo
Tentar dizer o que é amor

Seria simples se a simplicidade reinasse
Mas a complexidade é que domina
O que parece fácil é um grande impasse
A dificuldade uma simples rotina

Queria colocar num tudo nesse poema
O segredos de toda a vida
A solução de qualquer problema
Mas a resposta, quem vê, duvida

Embora seja fácil escrever a necessidade
Parece que as respotas da tristeza
Seja apenas a essencia da felicidade
E a dor seja apenas flor da nossa natureza

Mas a mão que nos é estendida
Pode ser um carinho em nossa alma
Alivia a dor em nós ofendida
E um pouco da tristeza se acalma

O tempo corre como o vento
Mas assim como o vento passa
Mesmo quando o vento passa lento
Varre o caminho e nos abraça

Assim o tempo corre em nosso peito
Escurece um pouco o sofrimento
E cada noite nos beija em nosso leito
Para tudo voltar a paz em seu momento

Sejamos feliz na medida do possivel
Pois a felicidade é uma proza dessa vida
Embora pareça algo quase impossivel
Mas tudo volta e sempre será bem vinda

E que esse poema que nada diz sobre tudo
Tudo diz sobre nada e assim são as coisas que vivemos
Falamos mais quando se esta mudo
E o silêncio com o tempo clarea o que vemos

Agora deitemos em nosso tempo
Reinemos em nosso silêncio interno
Tudo voltará aos eixos em nosso templo
Para uma vida plena amor, felicidade enquanto o tempo for eterno

E por mais que eu tentar escrever
Mais vou ver que pra certas coisas não há respostas
Posso escrever, ler e reler, sem entender
As soluções não estarão jamais para nós expostas!

(Bruno Cohen - 19.Junho.2010)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

075. Tele Visão - 2009

Boa Noite
Estamos começando mais um Tele-Tragédia
Só pra você

Veja na TV
Quanta coisa boa pra se ver
Morreu outro, n´outro dia
Na lagoa e na avenida

A tragédia que nos cerca
Morre dez na marginal
Um que bebe e outro peca
Morrem dez por canal

E na novela das dez
Sexo, traição e dramalhão
Quem fica com a donzela?
Quem matou o canastrão?

Pai mata mãe, mata filho
Que mata primo e mata irmão
Estupra outro, outro dia
Morrem vinte de alegria

Veja que beleza
Bunda e sangue a escorrer
Besteirol e epidemia
A audiencia vai descer

Veja que beleza
Peito, assalto e acidente
Sequestro, assassinato
A desgraça e o presidente

Então ligue a TV
E desligue você
Ou leia um livro bem bonito
Aquele anunciado na TV

Então desligue a TV
E ligue você
Vai cuidar da sua vida
Não viva o que diz ali
Viva Você!

(Bruno Cohen - 23.Maio.2009)

074. Eu queria ser - 2009

Eu queria ser a pomba da paz da sua vida
A bomba atomica que detona seus problemas
Eu queria ser o sangue-suga que suga sua tristeza
O relógio em seu pulso, pra te dar o tempo que mereça

Eu queria ser a canção em seu poema
A poesia nas suas letras de amor
Eu queria ser o perfume da rosa do seu jardim
O jardim que embeleza a sua natureza

Eu queria ser o último raio de sol que ilumina seu dia
O primeiro raio de sol que te desperta e te inebria
Eu queria ser a primeira nota de sua melodia
A lágrima que escorre em seu rosto que chora de alegria

Euqueria ser a borboleta que posa em sua mão
A luz da vela que toca sua face, na escuridão
Como eu queria ser o seu coração pulsante
Para pulsar paz, felicidade, amor e paixão

Eu queria ser o sapato que te protege do frio do chão
A blusa que te abraça e protege seu corpo do ar
Eu queria apenas ser uma gotinha de água
Pra você me tomar e eu entrar em você
Pra entrar em você e você me amar.

(Bruno Cohen - 03.Novembro.2009)

073. Carta de Amor - 2009

Ouça meu bem, essa era pra ser uma carta de amor
Mas os tempos estão duros e nem pude comprar-te uma flor
A coisa anda feia por aqui, e o verso que eu te fiz
Juntei com a carta que vou mandar pra Dona Beatriz

O que eu posso fazer? Não poderemos, nada fazer.
Veja se esqueça a França, nós estamos de mudança.
E vamos para a casa da mamãe novamente viver
E vamos pra casa da mamãe novamente viver.

Desculpe meu amor, mas agora o bicho pegou
Vendi os livros, as roupas e a cama, isso tudo acabou
Devolva os sapatos, a louça fina e o gato, meu amor
Vamos juntar tudo e vender por camida, abrigo e calor

Pois é, esse poema era pra ser diferente
Mas como as coisas não tem andado pra frente
Esqueça o verso, o papel e essa caneta
Só não se esqueça de me ligar ao sair do penhor.

(Bruno Cohen - 22.Novembro.2009)