Mais um dia acordo sozinho
Olho pro lado e vejo silêncio
Por nada de novo anceio
E sem gana sigo meu caminho
Olho tudo o que me ronda
Tudo sobra onde vejo
Pois tudo o que resta de desejo
Falta quando quebra a onda
Nesse formigueiro da selva
Sinto-me gelo em Saara
Em uma aflição que vem e agarra
Mas cada gesto doce que sinto
Queima suave meu peito
Como se de tudo me tivesse feito
Em minha'lma vejo escuro breu
Que de sede de amor em brasa
Me tira do mundo, de minha casa
E me tira do sujeito "meu"
Pois de tão frio o amor em peito alheio
Nem alucino paixões eternas
Pois uma amizade mais terna
É melhor que um par de seio
Que minha sede de viver
Guie meus passos cegos
De rumos escuros em piso de pregos
E que se o amor eu vencer
E tão simplesmente um ser conquistar
Felicidade vem pra ficar
E que o idealismo de paixões da vida
Se torne um conto de fadas
No instente que as estradas
Seja uma pagina relida....
(Bruno Cohen - 27.Setembro.2006)
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