Olho na janela
Vejo lá fora a primavera a passar
O sol fresco que com sua brisa sopra as flores que surgem lindamente
Com seu vento suave que me leva voando como um beija flor para ti
Olho pela janela
O verão passando, com seus raios de luz e esperança
Queria estar lá fora correndo pelo horizonte com seus raios solares
Para que com eles eu possa chegar até você
Vejo na janela
O outono que nasce
Lá fora tudo é lindo, como o começo da vida
Que suas folhas soltas me levem longe, até a sua janela para poder ao menos te ver
Vejo da janela
O inverno tenebroso que chega
Com seu vendaval e frio vejo tudo tão escuro e sombrio
Tudo o que quero e deixar-me levar como uma gota d chuva até o calor de seu peito
Cruzar o céus, como qualquer estação
Viajar pelos sonhos e chegar ao chão
Voar in-sóbrio a tal forte emoção
Inebriar-me insano, sem razão
Para chegar como um por de sol
De raios ultravioletas de sustenido a bemol
Ter de isca a fantasia de em meu anzol
Pescar delirios cegos como sob o lençol
Penetrar nesse devanio infindo
Razurar as letras desse papel tão lindo
Colorir os desenhos desse quadro e rindo
Trancender ao universo que vem vindo
Na lógica incoerente desse verso
Alcançar o ideal dessa canção ao inverso
De quatro estações que me deixa imerso
A fantasia de cruzar o universo
Padronizar meu caminho torto e pronto
Para qualquer paradoxo de qualquer ponto
Dirija-me perdido, quase caindo e tonto
Ao mesmo ponto de que sai o enredo desse conto
Que a primavera seja dita
O verão seja certo
O outono esteja pronto
E o inverno perto
Que todos sentidos desse incerto
Seja rumo ao ponto que mais quero
Ai onde seja seu deleite e terno
Que seja em seu peito o meu leito eterno
Querer-te tanto é meu credo
O que quero
O que sou
Pois tú es o que venero
(Bruno Cohen - 20.Agosto.2009)
Nenhum comentário:
Postar um comentário