Ao alvorecer de uma tarde
Duas almas plenas vagavam
Num mar de emoções que arde
Eis que ambos casavam
No ar de cada dia há um doce fragor
Que a cada instante luzia a canção
Tudo perecia plena alegria e amor
Que nada padeceria tão emoção.
No correr de mais uma dia
Mélisande num lago deleitava
Em gozo de tanto frio e alegria
Ali perdia o elo dela e quem amava
Seu marido perturbado rugia
A falta da aliança de Melisande
Como se o elo fosse vidro e se romperia
Escurecendo seu sol, sua rua, seus Andes
Pelléas cunhado e amigo
Dá sua ajuda, indo a caça do anel
Mas luzirá um fogo, qual de um amor antigo
Dispondo o a brasa, a água subia ao céu
No ardor de circunstancia
O traído descobrirá o fato
Calou-se ante tal instancia
E despacha o irmão no ato
Queimando a dor que os distanciaria
No breu de uma madrugada
Um adeus qual vaso quebraria
Uma cabeça ao cair de uma sacada
No devaneio dessa amargura
Surgirá o marido ardido de ódio que aguardava
E no ato, sem medida nem largura
Friamente trai o elo da família, e Pelléas se acava
A dor que trazia em seu peito
Melisande, se guardava e se matava
Que tudo o que deixava no seu leito
É um fruto do amor real que rolava
E pra calar tal agonia
Nada traz alegria, nem razão
Pois pra arrenpender-se, era hora tardia
Nada explica tal atitude e reação
Um filho sem mãe nem pai
Matar um amor assim, é um crime sem suborno
Uma vida assim se esvai
Só podia ter sido um corno.
(Bruno Cohen – 04.Julho.2007)
Qualquer semelhança dessa obra com a ópera "Pelléas et Mélisande" de Claude Debussy é totalmente proposital, constando aqui, que trata-se de uma sátira. Tudo bem, de muito mal gosto, mas quer saber? Foda-se... é corno mesmo. Quem nunca foi que dê a primeira chifrada.
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