quarta-feira, 26 de maio de 2010

017. Oh lua, minha confidente - 2006

Oh lua, minha confidente
Vim pra lhe dizer de meu coração
Um coração tão diferente
Que se afoga em emoção

Oh lua, posso lhe falar?
E ruim olhar a volta e ver o breu
Chorar as duras horas de calar
As frias noites vendo o céu só seu

Lua, minha amante leal
Espero das estrelas o brilho do sol
Não posso mais ser tão legal
Mas se sou assim. Pro amor um farol

Oh lua minha adorada amiga
Que estas sempre ai, mesmo sem ve-la
Mesmo que abraça-la não consiga
Beijo-lhe com meus olhos, minha bela

Oh lua, pois parece que só contigo vou rir
Pra não soluçar as lagrimas de meu peito
Que estou a cada dia a comprimir
Como eu faço, mas não devia ter feito

Lua, lua, me acolha em seu lar
Meu tire desse mundo de solidões
Me receba, me puxe pelo ar
Quero não crer nas ilusões

Mas lua, sou tão bobo, sabe
Acredito nos contos de fadas
Acredito que não me queimo no fogo que arde
Que o amor existe e esta a ser revelada

Lua, deixe-me chorar
Pois amo muito cada amigo meu
Cada um que esta a me odiar
E quem me ama e não diz, nem eu

Então lua, me perdoe por ser assim
Pois daí de cima vc deve ver se sou normal
Mas não mudo, ser assim é meu fim
E a todos ofereço meu açucar e lambo seu sal

Oh lua, minha confidente
Deixe-me contar das minhas dores
Sou como sou, conciente
De que amor só se dá, sem se ver cores

Lua, meu amor
Que meu leito seja seu peito
Que meu seio cure da dor
E descubra nos meus amores, os 'bem' feito

E lua, me silencie a voz
Pra que eu ouça o calar
Que me diz onde esta a foz
Onde esta o mar, pra eu amar

E que me perdoe se falo demais de mim
Pois sofro muito por tanto esperar
Que as horas passem sem fim
Pra te ver, lua, voltar.

(Bruno Cohen - 03.Novembro.2006)

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