sábado, 19 de junho de 2010

077. Que Caô - 2010

Que auê, caô
Que auê, caô
Caô, que auê
Ninguém consegue se entender

Caô, que auê
Caô, que auê
Que auê, caô
Mais nada vai me surpreender

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Um bando na contra-mão
Um outro a fazer rebelião
Quem vai poder pôr fim
Tudo foi feito assim, enfim

Um tiro na escuridão
Acerta a esposa do ladrão
Inocêntes pagam, é assim
Quem vai poder creer no fim

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Que auê, caô
Que auê, caô
Caô, que auê
Ninguém consegue se entender

Caô, que auê
Caô, que auê
Que auê, caô
Mais nada vai me surpreender

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O pobre anda sem sapato
Coitado pode pisar num caco
Quem cuida da situação?
É o mesmo que causou a confusão

Um velho que cai no afalto
E o menino come carne de gato
E toda essa podridão?
E tem dinheiro saindo pelo ladrão

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O trânsito, a fome, a pobreza, o abuso de riquesas
O desemprego, a favela, os sem terras e as guerras, a violência.
O problema não é esse ai.
O problema esta bem alí.

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Que auê, caô
Que auê, caô
Caô, que auê
Ninguém consegue se entender

Caô, que auê
Caô, que auê
Que auê, caô
Mais nada vai me surpreender

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Quem olha tudo isso ai?
Quem cuida do futuro do pais?
Quem olha a putrefação?
Esta rindo das pegadinhas do Faustão

Quem olha tudo isso?
Quem olha isso tudo?
É quem não assume o prejuizo
É quem não assume o prejuizo

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Que auê, caô
Que auê, caô
Caô, que auê
Ninguém consegue se entender

Caô, que auê
Caô, que auê
Que auê, caô
Mais nada vai me surpreender

(Bruno Cohen - 20.Junho.2010)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

076. Poesia do Tempo da Vida e do Silêncio - 19.Jun.2010

Como é duro falar de poema
Quando se fala de filosofia
A vida é um grande dilema
Uma grande poesia

Os versos escorrem pelos dedos
Pra rasurar toda a dor
Tirar todo esse gosto azedo
Tentar dizer o que é amor

Seria simples se a simplicidade reinasse
Mas a complexidade é que domina
O que parece fácil é um grande impasse
A dificuldade uma simples rotina

Queria colocar num tudo nesse poema
O segredos de toda a vida
A solução de qualquer problema
Mas a resposta, quem vê, duvida

Embora seja fácil escrever a necessidade
Parece que as respotas da tristeza
Seja apenas a essencia da felicidade
E a dor seja apenas flor da nossa natureza

Mas a mão que nos é estendida
Pode ser um carinho em nossa alma
Alivia a dor em nós ofendida
E um pouco da tristeza se acalma

O tempo corre como o vento
Mas assim como o vento passa
Mesmo quando o vento passa lento
Varre o caminho e nos abraça

Assim o tempo corre em nosso peito
Escurece um pouco o sofrimento
E cada noite nos beija em nosso leito
Para tudo voltar a paz em seu momento

Sejamos feliz na medida do possivel
Pois a felicidade é uma proza dessa vida
Embora pareça algo quase impossivel
Mas tudo volta e sempre será bem vinda

E que esse poema que nada diz sobre tudo
Tudo diz sobre nada e assim são as coisas que vivemos
Falamos mais quando se esta mudo
E o silêncio com o tempo clarea o que vemos

Agora deitemos em nosso tempo
Reinemos em nosso silêncio interno
Tudo voltará aos eixos em nosso templo
Para uma vida plena amor, felicidade enquanto o tempo for eterno

E por mais que eu tentar escrever
Mais vou ver que pra certas coisas não há respostas
Posso escrever, ler e reler, sem entender
As soluções não estarão jamais para nós expostas!

(Bruno Cohen - 19.Junho.2010)