quarta-feira, 26 de maio de 2010

015. Vou te dizer - 2006

Vou te dizer
Hão horas em que devaneios dão-se em nossas vidas à margem de reflexos de uma paisagem morta.
Horas de poesias encerradas, num momento de voôs noturnos a constelações do céu da boca.
E que buscamos estrelas no dia claro... e não vemos que o sol é uma estrela

Vou te dizer
Olhos que sangram lagrimas, na verdade buscam ao longe as lástimas de um momento vago de anceios.
Ociosos desejando outros oráculos brilhantes que refletem as pétalas de sonhos exigentes.
E em um instante tanto sonho, devemos acordar e o solo de areia, começa a se movediçar... e acordamos ao andar de olhos abertos que não podem chorar.

Vou te dizer
É necessário essas horas de olhar ao horizonte avermelhado sem nada além de realidade sem sonhos.
É preciso sonhar, mas é preciso ver que as vezes no céu não tem passaros e não por isso o céu deixa de ser-lo.
E que não é por isso que as aves não existem ou não vão mais voar.

Vou te dizer
Um dia toda rosa vai brotar, vai desabrochar, murchar e morrer.
E quando ver a vida encandecer os devaneios de um coração que vive na ilusão de uma realidade egoista.
O egoismo morrerá e verei que na verdade as vendas que nos bloqueiam, são na verdade as portas que irão se abrir.

Vou te dizer
Que os portais dos sonhos transformem-se numa nuvem de estrelas que voem alto
E que atravessemos no rumo das rosas vermelhas... ja na rota das luzes encandecentes.
Pois só na hora que estivermos enxergando essas luzes... as portas se abrirão e veremos pra onde 'essa rua cravejada de brilhantes' nos guiará

Vou te dizer
Agora o impressionismo de meus sentimentos querem calar minhas palavras
Pois ainda não chegou a hora de parir as bucéfalas ilusões que me faz sangrar
E que meu calar fale mais que mil palavras, pois...

Vou te dizer
Você vai me entender
Quando a luz encandecer
Enquanto isso prefiro emudecer

E as palavras por enquanto serão apenas resumos medilcres de contos de fadas a serem um dia terminados... e que seja o que for... não me permitirei iludir meu coração com esse conto de fadas em que a bruxa ainda esta entregando a maçã envenenada, que a abobora nem virou carruagem e que a princesa ainda não esta em perigo... pra quando eu reparar, eu ver que a vida não é tão linda assim, mas que quando puder, que façamos com que vida seja!!!

(16.Novembro.2006 - Bruno Cohen)

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